Estou mudando o blog

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domingo, outubro 16, 2005

*SIM*
Vote no SIM! O SIM é super legal! O SIM é bacana! SIM gosta de ursinhos de pelúcia e sorvete de chocolate com flocos! A Angélica vota no SIM, sabia? Eu gosto da Angélica. Sabe do que eu também gosto? Ursinhos de pelúcia! Opa, que coincidência, O SIM também gosta de ursinhos de pelúcia, eu já falei isso? Puxa, o SIM é tão legal! Por que você não vota no SIM? Assim, vamos todos poder ir para o parque de diversões, comer algodão doce e brincar no pula-pula! SIM é +QD+!!!

*NÃO*
Não confie no SIM! O SIM está tentando confundir sua cabeça! O SIM deixou a cidade em completo caos no último mandato, será que podemos confiar nele? E agora o SIM começou a se contradizer na campanha. Afinal, SIM, você apoia ou não apoia o aumento da tarifa de ônibus? O povo está esperando sua resposta, SIM, qual é o problema? SIM se recusou pela terceira vez a comparecer ao debate. O que será que o SIM está escondendo? O SIM está tentando enganar a população!

domingo, outubro 02, 2005

A EXPERIÊNCIA - CAPÍTULO #08
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(Caraca, o que foi aquilo??? Tipo, o Timmy ficou totalmente maluco! Será que ainda há algum fiapo de esperança para nossos bravos telespectadores juvenis? Será que a TV vai continuar exibindo 24 horas de vinhetas sem sentido e clipes do KLB? Será que a Ana Carolina vai aparecer de novo? Será que este narrador vai ser processado pela Skol porque eles acham que eu copiei seu slogan idiota? Eu mal posso esperar para saber!!!)
PROFESSOR - Bom dia, cri-- ...hmmmmm, nada de novo por aqui...
(O professor examina com o olhar as três crianças que se encontram na sala em que acaba de entrar. Timmy e Jenny, sentados em um sofá com marcas de dentes e alguns buracos no estofado, olham fixamente para a TV em um estado de semi-catatonia. Valdeci, sentado no chão, assiste à TV com a mesma expressão, embora com algumas gotas de suor frio escorrendo em sua testa. Nenhuma das crianças parece ter percebido que o Professor entrou na sala. Agindo como se já esperasse esta reação - ou falta dela - o Professsor se adianta em coletar com uma bandeja alguns copinhos de plástico contendo urina no chão da sala)
TV - ESSTE FLÊRTE É UM FLÊRTE FATAL!... ESSTE FLÊRTE É UM FLÊRTE FATAL!...
PROFESSOR - Hmmmm, a da Jenny está menos vermelha que a da última semana... isto é um bom sinal. A de Timmy, vejamos.. só 2 copinhos? Estranho... Timmy, você está se sentindo bem?
(Timmy não responde. O Professor o olha por alguns instantes e percebe que há algo de diferente em Timmy. Ele se aproxima do sofá, e então descobre por que havia três copinhos a menos no chão da sala: há uma mancha de urina no sofá logo abaixo de Timmy)
PROFESSOR - Timmy, meu rapaz, isso não é nada típico de você. Você sabe que não há nada que a gente vai poder fazer quanto a--
TIMMY - AGORA!!!
(Com um movimento súbito, Jenny chuta o professor na altura do peito. O Professor cambaleia para trás e, surpreso por não conseguir se reequilibrar depois do golpe, cai sobre Valdeci que, sem que percebesse, tinha se agachado por detrás de suas pernas. Estatelado no chão, o Professor leva alguns segundos para perceber que as mãos de Valdeci estão encostadas em suas têmporas)
PROFESSOR - Valdeci... Jenny... o que vocês estão...
TIMMY - OK, Valdeci, faça aquela coisa que você aprendeu a fazer com o eletrodo.
VALDECI - Tá bom!
(O Professor deixa escapar um soluço de horror ao perceber que os olhos de Valdeci adquiriram um estranho brilho azulado. As luzes da sala começam a piscar, e Timmy e Jenny se afastam de Valdeci. Subitamente, todas as lâmpadas se apagam, a a única luz na sala vem do intenso brilho azul dos olhos de Valdeci. O Professor se agita e se contorce no chão, em plena crise convulsiva, mas as mãos de valdeci permanecem firmes em sua cabeça. Vários segundos se passam até que as luzes acendam novamente, e o olhos de Valdeci voltam ao normal. Jenny se aproxima e encosta seus dedos no pescoço do Professor, desacordado)
JENNY - Está vivo ainda.
TIMMY - Jenny, Valdeci, tudo bem com vocês?
(Timmy olha para os dois colegas, talvez pela primeira vez em meses. Ele se surpreende um pouco ao perceber que eles de fato estão mais velhos do que eram quando a experiência começou)
JENNY - Sim, nossos eletrodos não foram ativados. É como você falou Timmy, O eletrodo de Valdeci deve estar gerando alguma interferência no sinal da sala.
TIMMY - E já que o Professor não sabia do nosso plano, confirmamos também que o audio desta sala não é transmitido para a estação de controle da experiência. Mas isso não importa mais, vamos sair!
(Com excitação estampada em cada parte de seus rostos, as crianças atravessam correndo a porta que o Professor deixou aberta, que revela um pequeno corredor escuro levando a uma outra porta. A segunda porta se abre após um clique, e as crianças respiram aliviadas ao confirmar que não estava trancada)
***
(Há uma luz encegueirante por alguns instantes, mas logo os olhos das crianças se ajustam para perceber que a luz é proveniente de uma série de lâmpadas fluorescentes no teto. O local para onde elas saíram parece ser o corredor de um prédio militar, terminando em bifurcações dois dois lados, não havendo outras portas além daquela por onde as crianças saíram)
TIMMY - Uaaaaaaaaau...
JENNY - Uau... isso é... uau....
(Sem que percebam, 15 minutos se passam enquanto as crianças olham embasbacadas para cada detalhe do corredor, incluindo um interruptor, uma rachadura na parede e um prego solto no rodapé)
JENNY - ...não. Não! Timmy, acorda! Não temos tempo para ficar admirando as maravilhas do mundo! Temos que fugir daqui!
(Num sobressalto, Timmy e Valdeci piscam os olhos como se tivessem saído de um transe)
TIMMY - Certo, certo, o plano. Valdeci, você já sabe o que fazer se alguém aparecer. Podem ir na frente, tem algo que eu preciso fazer antes...
(Valdeci se adianta em correr pelo corredor, mas Jenny fica parada ao perceber que Timmy está voltando para a sala de onde saíram. Ele agarra no caminho um machado de incêndio e adentra à sala, olhando para o Professor, desacordado no chão, e a TV, ainda ligada)
TV - ...IINNNN-COOOMM-P-LEEEEETE...
(Com fúria assassina, Timmy ataca a TV blindada diversas vezes com o machado de incêndio. Um barulho ensurdecedor ecoa pela sala e para o corredor através da porta, enquanto fagulhas elétricas se espalham a cada golpe e a TV é reduzida a pedaços cada vez menores. Os barulhos cessam, e Timmy joga o machado sobre o que restou da TV, enfim desligada. Jenny, que assistiu à toda a cena da porta, olha profundamente nos olhos de Timmy)
JENNY - Timmy, eu sou sua. Quero que você me possua aqui, agora.
TIMMY - Talvez, depois que sairmos daqui. Agora vamos.
(Os dois se apressam em sair da sala e se juntam a Valdeci, no corredor. Por vários minutos, as crianças correm por uma série aparentemente infinita corredores e bifurcações, guiados por placas de "SAÍDA" que encontravam no caminho. Com a luz cada vez mais escassa, e com a virtual ausência de portas nos corredores, as crianças ficam cada vez mais apreensivas à medida que prosseguem)
VALDECI - Pra onde a gente tá indo?
TIMMY - Quieto, Valdeci, estamos quase lá, tenho certeza. Olha, chegamos!
(O corredor chega ao final, revelando uma enorme porta de aço que, a julgar pela presença de um teclado numérico na parede à direita, está trancada eletronicamente. Á esquerda, uma outra porta, menor, está entreaberta)
JENNY - E agora, por onde a gente vai?
TIMMY - Acho que a saída deve ser essa porta maior... Eu vou dar uma olhada nessa porta do lado, você e Valdeci tentam abrir a porta da frente.
VALDECI - Como a gente faz isso?
JENNY - Ali, Valdeci, naquele teclado de números. Tente dar um curto-circuito...
(Timmy não chegou a ouvir o resto do que Jenny falou, já tendo atravessado a porta à esquerda do corredor. Ele agora se encontra em uma sala escura e apertada, iluminada apenas por uma dúzia de monitores dispostos acima de um imenso console computadorizado. Uma nuvem de fumaça de cigarro paira sobre sala, e sobre o console há duas canecas, uma ainda cheia de café ainda quente, e outra caída, com seu conteúdo escorrendo até o chão. Timmy pensa consigo mesmo que quem quer que estivesse na sala antes de ele ter chegado saiu há pouco tempo, e às pressas)
TIMMY - Peraí... isso aqui é...
(Examinando de perto os monitores, Timmy percebe que todos estão exibindo, de diferentes ângulos, a mesma cena: um homem de jaleco, caído desacordado entre um sofá e uma pilha de destroços onde antes havia uma TV)
TIMMY - Professor... então, aqui é a central de controle da experiência. Mas--
(Timmy arregala os olhos ao perceber que várias figuras vestidas de preto adentraram à sala em que o Professor se encontra. Dois deles carregam rapidamente o professor para fora do campo de visão dos monitores, enquanto os outros se aproximam tanto das câmeras de vigilância que, por alguns instantes, a sala onde Timmy está fica completamente escura. Então, de repente, todos os monitores saem do ar, passando a exibir apenas estática. Timmy hororizado, percorre a sala com os olhos e volta sua atenção para um memorando na mesa , dizendo: "Protocolo 999 iniciado. Evacuem a área imediatamente.")
TIMMY - Oh não... eles estão nos... Jenny, Valdeci!
(Timmy sai em desabalada carreira em direção aos amigos, atravessando a porta que Valdeci conseguira abrir, já esperando o pior. Mas nada no mundo poderia prepará-lo para cena com que se deparou ao alcançá-los: Jenny, caída no chão, parece estar tendo um ataque epilético; Valdeci, encolhido em posição fetal, bate a cabeça contra uma das paredes; e, diretamente na frente de Timmy, uma criatura disforme, locomovendo-se como se tivesse uma grave lesão cerebral, se aproxima lentamente do garoto)
RAFA DA MTV - Faaaaaaaaaala, moçada!