*TEM TUDO A VER COM PUBLICIDADE* (Finalmente)
Com (quase) todo o sarcasmo à parte, eu vou dizer o que eu realmente achei desse negócio de Zeca Pagodinho e as propagandas de cerveja. A notícia é meio velha, tá certo, mas a faculdade me seqüestrou durante esses dois últimos meses e só me liberou agora, o que é que eu posso fazer? Também não estou informado sobre todos os detalhes desse caso e nem sei como essa baixaria se resolveu no final, mas darei minha opinião do mesmo jeito.
O erro de Zeca Pagodinho não foi, necessariamente, gravar o comercial da cerveja que ele não bebe. Muito antes, Tônia Carreiro já gravava comerciais das toalhas Buetner e do shampoo Monange (se ela usa esses produtos hoje em dia porque não tem mais dinheiro, aí eu não sei). Eu, pessoalmente, não me associaria a uma marca ou a algum produto que não usasse, mas isso não é nenhum crime e, de fato, inúmeros artistas o fazem o tempo todo. Se Zeca Pagodinho não gosta da merda da cerveja, mas quer ganhar a grana do comercial, isso não é problema. Mas eu também acho que todo artista disposto a cruzar essa linha tem que estar preparado para lidar com as conseqüências, a principal delas sendo: uma vez que você vende a sua imagem, não adianta tentar recuperá-la.
Zeca Pagodinho vendeu sua imagem para a Nova Schin. Como conseqüência disso, e considerando toda a popularidade da última campanha dessa cerveja, as pessoas automaticamente associam Zeca Pagodinho à Nova Schin. E aí começam os problemas quando, de repente, ele é contratado para anunciar o produto da empresa concorrente. "Mas afinal, qual é a cerveja que Zeca Pagodinho toma?". "Por que ele bebeu Nova Schin no comercial se ele não gosta? Estou confuso!!!". Essas perguntas tão bobas ganham um peso impressionante quando se trata de comunicação de massa, e é por isso que todas as tentativas de Zeca Pagodinho de justificar a troca de marcas ("Ah, mas eu só disse pra experimentar a cerveja, nunca disse que é a cerveja que eu bebo." Tenha paciência!) só fizeram aumentar a desconfiança da sociedade.
A Brahma sabia que haveria um certo problema de "credibilidade" com o público ao usar Zeca Pagodinho em seus anúncios. Eis, então, que esta empresa decide (e aí sim, na minha opinião, está o grande problema dessa história toda) basear sua campanha na anti-propaganda com a Nova Schin, numa tentativa ridícula de justificar o comportamento do garoto-propaganda promíscuo afirmando que ele tinha "provado outro sabor, mas que agora estava de volta para seu verdadeiro amor". Deixando de lado as muitas implicações éticas disso tudo, eu acho que qualquer tipo de anti-propaganda é um sinal de extrema falta de criatividade de quem a produz. Mas é muito pior quando a empresa precisa contratar o garoto-propaganda da concorrente pra tentar recuperar a fatia de mercado perdida. Típico de Nizan Guanaes.
Com (quase) todo o sarcasmo à parte, eu vou dizer o que eu realmente achei desse negócio de Zeca Pagodinho e as propagandas de cerveja. A notícia é meio velha, tá certo, mas a faculdade me seqüestrou durante esses dois últimos meses e só me liberou agora, o que é que eu posso fazer? Também não estou informado sobre todos os detalhes desse caso e nem sei como essa baixaria se resolveu no final, mas darei minha opinião do mesmo jeito.
O erro de Zeca Pagodinho não foi, necessariamente, gravar o comercial da cerveja que ele não bebe. Muito antes, Tônia Carreiro já gravava comerciais das toalhas Buetner e do shampoo Monange (se ela usa esses produtos hoje em dia porque não tem mais dinheiro, aí eu não sei). Eu, pessoalmente, não me associaria a uma marca ou a algum produto que não usasse, mas isso não é nenhum crime e, de fato, inúmeros artistas o fazem o tempo todo. Se Zeca Pagodinho não gosta da merda da cerveja, mas quer ganhar a grana do comercial, isso não é problema. Mas eu também acho que todo artista disposto a cruzar essa linha tem que estar preparado para lidar com as conseqüências, a principal delas sendo: uma vez que você vende a sua imagem, não adianta tentar recuperá-la.
Zeca Pagodinho vendeu sua imagem para a Nova Schin. Como conseqüência disso, e considerando toda a popularidade da última campanha dessa cerveja, as pessoas automaticamente associam Zeca Pagodinho à Nova Schin. E aí começam os problemas quando, de repente, ele é contratado para anunciar o produto da empresa concorrente. "Mas afinal, qual é a cerveja que Zeca Pagodinho toma?". "Por que ele bebeu Nova Schin no comercial se ele não gosta? Estou confuso!!!". Essas perguntas tão bobas ganham um peso impressionante quando se trata de comunicação de massa, e é por isso que todas as tentativas de Zeca Pagodinho de justificar a troca de marcas ("Ah, mas eu só disse pra experimentar a cerveja, nunca disse que é a cerveja que eu bebo." Tenha paciência!) só fizeram aumentar a desconfiança da sociedade.
A Brahma sabia que haveria um certo problema de "credibilidade" com o público ao usar Zeca Pagodinho em seus anúncios. Eis, então, que esta empresa decide (e aí sim, na minha opinião, está o grande problema dessa história toda) basear sua campanha na anti-propaganda com a Nova Schin, numa tentativa ridícula de justificar o comportamento do garoto-propaganda promíscuo afirmando que ele tinha "provado outro sabor, mas que agora estava de volta para seu verdadeiro amor". Deixando de lado as muitas implicações éticas disso tudo, eu acho que qualquer tipo de anti-propaganda é um sinal de extrema falta de criatividade de quem a produz. Mas é muito pior quando a empresa precisa contratar o garoto-propaganda da concorrente pra tentar recuperar a fatia de mercado perdida. Típico de Nizan Guanaes.