A propósito, Filtro Solar é Satã. Cliquem na imagem da capa do CD, à esquerda, pra saber do que eu estou falando.
domingo, março 14, 2004
OK, eu não sei por onde começar, então acho melhor que você, leitor, simplesmente dê uma olhada nisso antes que eu possa dizer qualquer coisa.
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Conseguiu abrir a imagem? Pode demorar um pouco mais de quinze segundos, o arquivo é grande.
Estudou a imagem com cuidado e atenção?
Se você já cumpriu estes dois passos, é provável então que a seguinte pergunta tenha passado por sua cabeça: alguém entendeu esse diabo de propaganda?
Já se passaram duas semanas desde que vi este anúncio pela primeira vez no verso de uma revista de desenho, e ainda hoje ele consegue me levar a um estado de total perplexidade. Qual é, afinal, o objetivo desse anúncio? De que forma, exatamente, a situação apresentada se relaciona com o que está sendo anunciado? Por que eles estão usando a mesma jaqueta? Por que eles estão nos anos 80? Em suma... como assim?
E ainda fiquei sabendo através dos meus pais que, nos anos 80, "tomar suco de laranja" era uma gíria para "não se dar bem". Tipo, um casal de namorados que ficasse o tempo todo sentado no sofá da casa dos pais dela, de mãos dadas, estaria "tomando suco de laranja". Ou então aquele cara que ficava se gabando de comer todas as meninas, mas só da boca pra fora, estava, na verdade, "tomando suco de laranja". Portanto, além do fato de esses caras da propaganda estarem literalmente tomando suco de laranja, é bem capaz que eles também estejam tomando suco de laranja. Afinal, se eles estão nos anos 80, então gírias dos anos 80 também devem se aplicar. E fato de que eles estão nos anos 80 é a única certeza que eu tenho quanto a essa propaganda (o primeiro menino da esquerda para a direita tem um mullet, pelo amor de Deus).
Parece óbvio que, na cabeça de quem quer que tenha produzido este anúncio, cinco garotos sentados em uma mesa de lanchonete com jaquetas azuis e tomando suco de laranja é uma situação que é imediatamente associada a uma loja de revistas virtual. Mas isso não é verdade. E se alguém vier me dizer que entendeu a mensagem deste anúncio, eu vou achar que há algo seriamente errado com a saúde mental mental dessa pessoa, ou então chegar à conclusão de que esta se beneficiaria com algumas semanas em uma clínica de desintoxicação.
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Conseguiu abrir a imagem? Pode demorar um pouco mais de quinze segundos, o arquivo é grande.
Estudou a imagem com cuidado e atenção?
Se você já cumpriu estes dois passos, é provável então que a seguinte pergunta tenha passado por sua cabeça: alguém entendeu esse diabo de propaganda?
Já se passaram duas semanas desde que vi este anúncio pela primeira vez no verso de uma revista de desenho, e ainda hoje ele consegue me levar a um estado de total perplexidade. Qual é, afinal, o objetivo desse anúncio? De que forma, exatamente, a situação apresentada se relaciona com o que está sendo anunciado? Por que eles estão usando a mesma jaqueta? Por que eles estão nos anos 80? Em suma... como assim?
E ainda fiquei sabendo através dos meus pais que, nos anos 80, "tomar suco de laranja" era uma gíria para "não se dar bem". Tipo, um casal de namorados que ficasse o tempo todo sentado no sofá da casa dos pais dela, de mãos dadas, estaria "tomando suco de laranja". Ou então aquele cara que ficava se gabando de comer todas as meninas, mas só da boca pra fora, estava, na verdade, "tomando suco de laranja". Portanto, além do fato de esses caras da propaganda estarem literalmente tomando suco de laranja, é bem capaz que eles também estejam tomando suco de laranja. Afinal, se eles estão nos anos 80, então gírias dos anos 80 também devem se aplicar. E fato de que eles estão nos anos 80 é a única certeza que eu tenho quanto a essa propaganda (o primeiro menino da esquerda para a direita tem um mullet, pelo amor de Deus).
Parece óbvio que, na cabeça de quem quer que tenha produzido este anúncio, cinco garotos sentados em uma mesa de lanchonete com jaquetas azuis e tomando suco de laranja é uma situação que é imediatamente associada a uma loja de revistas virtual. Mas isso não é verdade. E se alguém vier me dizer que entendeu a mensagem deste anúncio, eu vou achar que há algo seriamente errado com a saúde mental mental dessa pessoa, ou então chegar à conclusão de que esta se beneficiaria com algumas semanas em uma clínica de desintoxicação.
quinta-feira, março 04, 2004
INTERLÚDIO 6 - Duplo sentido
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(A aula de artes de uma turma da segunda série do Ensino Fundamental é subitamente interrompida por uma das crianças, que exclama em voz alta após terminar seu desenho)
CRIANÇA 1 - Legal!
PROFESSORA - Jorge!
(A criança mostra para a professora um desenho de um globo terrestre com um sorriso desenhado com pasta de dente Colgate)
CRIANÇA 1 - É um plano!
CRIANÇA 2 - Sim, para salvar o mundo das cáries!
CRIANÇA 1 - Com Colgate!!!
CRIANÇA 2 - Quer se juntar a nós, professora?
PROFESSORA - Olha só! Vocês acham que estão prontos para o desafio? Eu vou ensinar como funciona...
(A professora tira da bolsa duas conchas brancas, cada uma do tamanho de uma mão espalmada)
PROFESSORA - Estão vendo esta concha aqui? Eu a cobri com Colgate esta manhã. Estão vendo a outra concha? Eu a banhei em sangue fresco de galinha numa encruzilhada durante uma noite de lua cheia após me banhar em caruru com farofa de azeite. Agora, se eu bater as duas desse jeito...
(Algumas faíscas são produzidas. Um portal dimensional se abre diante do quadro negro)
PROFESSORA - Rápido, o portal só vai durar mais 30 segundos! O que vocês estão esperando?
(As crianças estão paralisadas de terror. A professora solta um suspiro de impaciência)
PROFESSORA - Será que eu tenho que fazer tudo sozinha aqui?
(Ela arrasta a turma através do portal dimensional. Em uma fração de segundo, a professora e as crianças reaparecem em uma planície desolada. Três luas podem ser vistas no céu rosa-choque berrante)
CRIANÇA 3 - O-onde estamos, professora?
PROFESSORA - No Mundo das Cáries, onde mais? À sua esquerda, vocês podem ver os destroços de Denntynah, a capital do país de Genghiwia, último refúgio dos rebeldes. A guerra entre o povo-ovelha e as hárpias alienígenas já dura mais de 7 anos. Crianças, peguem um arco-e-flecha cada uma e montem em alguns daqueles lagartos voadores. É hora de caçar hárpias!
(A professora se adianta e senta nas costas de um dos lagartos voadores da planície. As crianças hesitam, mas recolhem seus arcos e se dirigem para os lagartos logo à frente)
CRIANÇA 2 - AAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!
PROFESSORA - O que foi?
CRIANÇA 2 - Um lagarto gigante comeu o Luisinho!!!
PROFESSORA - Não é hora de se preocupar com isso, o povo-ovelha precisa de nossa ajuda!
(A professora e seus alunos levantam vôo em direção a Denntynah. Uma nuvem negra, semelhante a um enxame de gafanhotos, emerge no horizonte. Ao se aproximarem do fênomeno, as crianças gritam horrorizadas ao perceber que o enxame de ganfanhotos é, na verdade, uma horda de hárpias alienígenas sedentas de sangue)
PROFESSORA - Lembrem-se, vocês devem mirar nos olhos, é a única forma de matar as hárpias! MIREM NOS OLHOS!!!
(Uma das crianças se desequilibra e cai de seu lagarto voador, sendo devorada por uma hárpia durante a queda. Outra chora copiosamente agarrada no pescoço de seu lagarto)
CRIANÇA 4 - Professora, eu quero ir pra casa!!!
PROFESSORA - Ah, é? Então todo aquele papo de salvar o Mundo das Cáries era da boca pra fora? Esse é o problema da juventude de hoje, nunca levam a sério seus projetos! Não senhores, vocês só saem daqui depois de matar umas 15 hárpias cada um!!!
LOCUTOR - Com Colgate, Máxima Proteção Anti-Cáries!
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(A aula de artes de uma turma da segunda série do Ensino Fundamental é subitamente interrompida por uma das crianças, que exclama em voz alta após terminar seu desenho)
CRIANÇA 1 - Legal!
PROFESSORA - Jorge!
(A criança mostra para a professora um desenho de um globo terrestre com um sorriso desenhado com pasta de dente Colgate)
CRIANÇA 1 - É um plano!
CRIANÇA 2 - Sim, para salvar o mundo das cáries!
CRIANÇA 1 - Com Colgate!!!
CRIANÇA 2 - Quer se juntar a nós, professora?
PROFESSORA - Olha só! Vocês acham que estão prontos para o desafio? Eu vou ensinar como funciona...
(A professora tira da bolsa duas conchas brancas, cada uma do tamanho de uma mão espalmada)
PROFESSORA - Estão vendo esta concha aqui? Eu a cobri com Colgate esta manhã. Estão vendo a outra concha? Eu a banhei em sangue fresco de galinha numa encruzilhada durante uma noite de lua cheia após me banhar em caruru com farofa de azeite. Agora, se eu bater as duas desse jeito...
(Algumas faíscas são produzidas. Um portal dimensional se abre diante do quadro negro)
PROFESSORA - Rápido, o portal só vai durar mais 30 segundos! O que vocês estão esperando?
(As crianças estão paralisadas de terror. A professora solta um suspiro de impaciência)
PROFESSORA - Será que eu tenho que fazer tudo sozinha aqui?
(Ela arrasta a turma através do portal dimensional. Em uma fração de segundo, a professora e as crianças reaparecem em uma planície desolada. Três luas podem ser vistas no céu rosa-choque berrante)
CRIANÇA 3 - O-onde estamos, professora?
PROFESSORA - No Mundo das Cáries, onde mais? À sua esquerda, vocês podem ver os destroços de Denntynah, a capital do país de Genghiwia, último refúgio dos rebeldes. A guerra entre o povo-ovelha e as hárpias alienígenas já dura mais de 7 anos. Crianças, peguem um arco-e-flecha cada uma e montem em alguns daqueles lagartos voadores. É hora de caçar hárpias!
(A professora se adianta e senta nas costas de um dos lagartos voadores da planície. As crianças hesitam, mas recolhem seus arcos e se dirigem para os lagartos logo à frente)
CRIANÇA 2 - AAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!
PROFESSORA - O que foi?
CRIANÇA 2 - Um lagarto gigante comeu o Luisinho!!!
PROFESSORA - Não é hora de se preocupar com isso, o povo-ovelha precisa de nossa ajuda!
(A professora e seus alunos levantam vôo em direção a Denntynah. Uma nuvem negra, semelhante a um enxame de gafanhotos, emerge no horizonte. Ao se aproximarem do fênomeno, as crianças gritam horrorizadas ao perceber que o enxame de ganfanhotos é, na verdade, uma horda de hárpias alienígenas sedentas de sangue)
PROFESSORA - Lembrem-se, vocês devem mirar nos olhos, é a única forma de matar as hárpias! MIREM NOS OLHOS!!!
(Uma das crianças se desequilibra e cai de seu lagarto voador, sendo devorada por uma hárpia durante a queda. Outra chora copiosamente agarrada no pescoço de seu lagarto)
CRIANÇA 4 - Professora, eu quero ir pra casa!!!
PROFESSORA - Ah, é? Então todo aquele papo de salvar o Mundo das Cáries era da boca pra fora? Esse é o problema da juventude de hoje, nunca levam a sério seus projetos! Não senhores, vocês só saem daqui depois de matar umas 15 hárpias cada um!!!
LOCUTOR - Com Colgate, Máxima Proteção Anti-Cáries!
