Na guerra das cervejarias por fatias cada vez mais ínfimas e promíscuas do mercado consumidor, a única regra é reduzir cada vez mais a demanda intelectual para a compreensão das peças de propaganda deste setor. Essa é conclusão a que cheguei após assistir à última propaganda da Brahma, cujos publicitários parecem ter decidido que as campanhas anteriores não eram retardadas o suficiente para ter algum apelo para a sociedade. Qual será o próximo passo? Se os publicitários da empresa rival seguirem a mesma onda, certamente lançarão em breve o slogan "Nova Schin, a cerveja do dããããããããã caguei nas calças".
Desde o começo desse ano eu estive atento às mudanças que o novo código de ética para as campanhas de cerveja (alguém ainda se lembra que isso existe?) traria para as peças de propaganda do ramo, e o que tenho presenciado é justamente aquilo que eu esperava: uma oportunidade para o setor de marketing brasileiro de inovar e exercer um pouco de criatividade (muito bem-vinda) nos meios de comunicação, sendo completamente desperdiçada com uma série de baixarias, batalhas judiciais e, é claro, propagandas absolutamente imbecis. Nesta guerra não há sangue a ser derramado, só incontinência fecal.